Antigamente no teatro, o ator encenava e
deixava o telespectador
apavorado com o que se figurava na cena.
Era uma espécie de novo
teatro, onde a metáfora não seria
mais uma figura de
retórica, e a agressão não era mais um gesto simbólico.
Perguntava-se: Você já matou o seu comunista hoje?
E os atores perguntavam para o público.
Naquela época também, o ator chegava a oferecer
o seu fígado para a platéia.
Na época de hoje tudo é mais ou menos parecido
e às vezes se impressionamos
com as coisas que nos acontece.
Mas na época presente tudo é improvável.
Antes então o ator só encenava
e agora ele é a própria vítima
da violência que nos ronda e
nós somos as vítimas.
Uma bola de neve que parece
não ter fim e que só aumenta
com a ignorância humana e o
prazer próprio de vingança.
Marcos Seiter.
Um comentário:
É sim, uma verdadeira bola de neve que só faz crescer...
=(
Beijão,
Kari
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