sábado, 12 de março de 2011

Décimo Quinto Arquivo Blogs Abril - Ilusão de ótica

Passei algumas madrugadas imaginando você nua em minha frente. Onde a contemplava dos pés à cabeça e vice-versa. Era um esgotamento sem fim.
Era o Oásis da minha visão. Lutei diversas noites para não imaginar que tu estavas ali nua, presente, me pendindo com os olhos: "Venha e me devore! Sou o teu mel!"
Lutei contra essa imaginação. Não adiantou em nada. Continuei com a minha ilusão de que você estava ali nua, sobre a cama que te acolhe, que sente o calor da tua pele.
Fiquei a admirar por um bom tempo esse teu corpo e minha imaginação ia consumindo teus olhos, tua boca. Minha mão ia colocando mais fogo sobre a tua cintura.
Pegava-a com força. Sem piedade. Dizia: "Sou uma flor! Cuidado comigo!" Pegava e pegava sua cintura e aproximava ela da minha. Fazia um vai-e-vem para que nossos corpos explodissem de calor. Nada daquela frescura de ficar só com beijinho na boca.
Durante algumas noites fiquei lutando contra essa fantasia. Ia e me distraia com um som do Nirvana. Fiz de tudo. Mas como estava difícil de não fantasiar.
Com o tempo deixei de fantasiar e parti para o ataque.
Eu, único jogador do time fui ofensivo ao extremo.
Encontrei ela sobre aquele lençol. Estava me esperando. Nos beijamos e fizemos sexo durante toda a noite.
Teve papai e mamãe e outras posições inspiradas da Índia de Ghandi: "O amor é a força mais sutil do mundo." Gozei sobre seu lindo rosto e ela soube perfeitamente conduzir o meu gozo.
Meu amor estava sendo despejado em seu semblante.
Quando acordei, era tudo sonho. Estava carimbando pela primeira vez minha cueca com o meu próprio Amor. "Tu foi uma tentação! Tu foi um belo sonho!"
Durmo acordado e acreditando que a vida é o meu próprio sonho.
Hasta la vista, baby!

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