sábado, 7 de abril de 2007

Tempos do nada

Tempos que passaram
Tempos que não voltaram mais
Tempos de aventuras e de ternuras
Tempos que não foram
Tempos que ficaram em minha carne

Nada passa por mim
Nada consigo que desfigure de minha realidade
Nada mudarei (pois sou desumano)
Nada encantarei e só destruirei
Nada de nada restara

Por que disso se é só isso?
Por que disso?

Nada deterá esses bilhões
Nada se salvará
Só esses bilhões
Terão essa gratidão

Pois tá lá
Pois estou aqui
Pois ficarei aqui
Pois sumirei daqui.

Marcos Ster.

Um comentário:

Kari disse...

Voltei hoje pra continuar minha leitura dos que não li e releitura dos já lidos.

Caramba. Gostei desse poema.

"Por que disso se é só isso?"
Gostei ainda mais dessa frase.
Me fez pensar bastante...

Um beijão pra tu,
Kari