domingo, 8 de abril de 2007

Me sinto assim

Uma Corte está na sessão, um veredito será dado
Nenhuma Apelação no Tribunal hoje
Apenas o meu próprio pecado

As Paredes são frias e pálidas
A Gaiola feita de ferro

Gritos enchem a sala
Sozinho eu caio e me ajoelho
Silêncio, agora o som
Minha respiração, o único movimento ao redor

Demônios
Desordenando a minha volta
Meu rosto não está mostrando emoção
Acorrentado pela minha sentença
Não esperando alguma volta
Aqui não tem penitência

Minha Pele começa a queimar
Gritos enchem a sala
Então, eu segurei minha cabeça mais alto
Escondendo o ódio que se queima por dentro
Que alimenta o próprio orgulho deles

Gritos enchem a sala
Todos Captaram
Fora do Sol
Um Sol que só ilumina alguns

Nós vamos amansá-los todos em um

Eu ouço um trovão na distância
Vi uma visão de uma cruz
Eu senti a dor que foi dada

Naquele triste dia de perda
Um leão ruge na escuridão
Só ele segura a chave

Uma luz para me livrar do fardo
E Me deu vida eterna
Deveria ter sido morto
Numa manhã de Domingo

Atirando na minha cabeça
Sem tempo para o luto
Não temos tempo
Deveria ter sido morto
Numa Manhã de Domingo
Atirando em minha cabeça
Sem tempo para a manhã

Não temos tempo
Chorei para Deus
Procurando somente
Sua decisão

Gabriel esperou e confirmou
Eu criei minha própria prisão

Marcos Ster.

3 comentários:

camila gouveia disse...

É...cada um de nós cria uma prisão.Às vezes estamos dentro, punindo-nos por nossos pecados, outras vezes prendemos algo(medo ou coragem) ou alguém(amores ou desamores).Gritamos,clamamos por justiça, liberdade e almas mais puras ou menos ignorantes.Nossa prisão interior muitas vezes consegue ser mais dura que a prisão imposta nesse mundo pela "sociedade".Nos trancamos e jogamos a chave fora, a prisão pérpetua que nos impomos é a nossa punição por ter esquecido quem realmente somos. bjao!!!

Fernanda disse...

Curti o texto, apesar de estar um pouco triste...
ânimo moço!

Bjo!

Kari disse...

Mais uma boa poesia, né moçinho?
Bem escrita, mas tão triste.

Ás vezes criamos as nossas prisões, mas acredito que não a coisa melhor do que sairmos dela.

Beijão pra tu,
Kari