quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Escolhendo o amanhã e muito mais

Às vezes, quando conseguimos estar com as pessoas que amamos, nossa mente não pára, está sempre distante, longe, vagando pelas nossas preocupações e medos. Isto ocorre, por que não estamos presentes, no “agora” e, distraídos, vivemos nosso desespero, tumulto e agonia interior. Nosso corpo está lá, mas nossa mente não. Quantos de nós não estão simplesmente com um terrível medo de correr o risco de amar de verdade, medo da extrema felicidade de entrar em íntimo e real contato, ter relacionamento profundo e verdadeiro com um outro ser humano? Tentamos evitar as situações que possam significar desgaste emocional, sofrimento, como se isso, em si, fosse causa da infelicidade. Tentando fugir da desilusão, do adeus(e, conseqüentemente, do crescimento, alegria e êxtase), criamos uma espessa barreira, ou “carapaça”, a nossa “ trincheira ”..... Por detrás dela, sofremos muito mais do que se vivêssemos mais, de “peito aberto”. Então, sozinhos e isolados, fingimos estar felizes e satisfeitos com as muitas “migalhas” que juntamos e através das quais tentamos substituir o que é insubstituível.... Praticamos auto-estelionato e, muito infelizmente, “damos de ombro”, abrindo mão dos nossos verdadeiros sonhos e, lamentavelmente, do amor puro e verdadeiro.
Fingimos força e destemor, fingimos alegria, amar de verdade, enquanto há um total e incurável vazio em nós. Talvez para camuflar tudo isso é que precisamos de tanto “entretenimento”, “diversão”, carros tão potentes e contas tão recheadas. Talvez seja um modo de preenchermos nossa carência. Por fim, tornamo-nos insaciáveis, insatisfeitos e deprimidos. Certa vez, um repórter britânico perguntou a Ghandi se ele iria ao jantar com a rainha da Inglaterra nos seus trajes típicos da Índia ou com roupas inglesas. Vestido com seu manto, que o envolvia apenas até a cintura, quase nu, ele respondeu suavemente: “ Se eu usasse qualquer outra vestimenta além desta, estaria sendo muito deseducado com a rainha, pois estaria sendo artificial”.
Trancados e perdidos na artificialidade, nós acreditamos estar seguros. É verdade!
Então, eu preciso dizer uma coisa: Nós somos como o botão de uma linda flor que, para viver, deve abrir-se, sem medo, e desabrochar em direção à luz!

Ps: Está ai “Escolhendo o amanhã e as cinco renúncias da mente atenta” .
Um excelente livro do Enio Burgos.
Ps2:Feito a dica, abs!!!!!

Marcos Ster

Ps:Não deixem de ler o post anterior!

6 comentários:

Kukla disse...

Você escreveu este texto para mim sem saber.......
Adorei!

Lais Camargo disse...

fez-me lembrar um filme 'a votla do todo poderoso', que não é bom, mas a moral é válida. Em um dado momento Deus diz: "se vc pede a Deus união familiar, vc acha que ele dará a você uma felicidade encapsulada? ou dará a chance de fazer sua familia unir-se?"

e a gente tem a chance de sermos melhores a todo momento...mas dá tanto trabalho que eh melhor ser medíocre... =/

sopros de luz! lindo texto!
=*

Kari disse...

É mesmo, quantas vezes deixamos de aproveitar momentos e sentimentos tão maravilhosos por coisas(medo, por exemplo) tão banais...

Mas eu aprendi a viver intensamente as coisas que essa vida me dar. Se for pra amar, eu amo mesmo, mesmo que nem tudo termine bem... O que importa é viver!!!!

Beijão pra tu
Kari

Suelen disse...

Adorei o texto!!!

Pode deixar que irei postar, sim, é pq ultimamente ando mais pelo fotolog, então estou sumida do blog!!

Vou procurar e te adicionarei!!
OK??

Bjocas!!

Pripa Pontes disse...

texto lindo e mais do que verdadeiro...muitas vezes achamos que nos esconder irá nos proteger, qndo só o que isso causará é a inquietação e dúvida de como teria sido se tivéssemos sido um pouco mais abertos, um pouco mais românticos...um pouco menos protetores.

Bjos.

Suelen disse...

Prontinho te add lá!!
Tb assumo, não é a toa que o texto do meu perfil no Roque Clube é mencionando tb esse fato!!
Quanto as fotos irei cobrar, rsrs!!

Bjuss!!