Continuação da estória

(Estou tentando escrever uma estória. Se chama "Ligação". Espero que ela fique tri. E espero também que vocês gostem dela. Para entender não esqueçam de ler o início da estória, logo abaixo deste texto. Abs!)

Pensei: O que faço agora? O que faço? Quem tá me ligando e mandando mensagens de amor é um homem, chamado Paulão! Ele sabe que eu faço academia e que estou a um tempo sem ir!

Ele me conhece e sabe perfeitamente quem sou! Mas eu não sei quem ele é! O que faço? Não sei quem ele é! Se baixo ou alto? Se branco ou negro? Não sei! As bichas são mais loucas que as mulheres. Elas fazem qualquer loucura para conseguirem o que querem. Tem essa facilidade de fingirem ser homem. Embora que nesse mundo que vivemos, nada é impossível, tudo é possível quando a grana domina a mente dos seres que buscam a eterna felicidade, a eterna beleza, e não deixam que a caminhada natural da vida, os conduza. Andei confuso e muito preocupado com o que estava acontecendo comigo. Às pessoas com quem falei, acharam a maior graça com o que estava acontecendo, e eu não. As coisas acontecem e o povo acha a maior graça. Tantas guerras, assassinatos e as pessoas não se sensibilizam por ver tamanha violência, com crianças, adultos, idosos, pessoas de todas as idades, de todos os sexos e cor, sendo atingidas pela desumanidade de alguns seres. Depois se unem na igreja para rezar por aquela pessoa que foi assassinada. "Pobrezinho(a), violência moço." E pior que assassino ou assassina não tem cor e nem idade. Crianças andam com fuzis nas mãos. A idade, cor, sexo, não interessa pra prática de qualquer crime ou coisa dessa finalidade. A droga os domina? O que os domina, que fazem serem criminosos profissionais? Preciso ler " Falcão, meninos do tráfico", do Mv Bill, para entender sobre este assunto. Assisti ao documentário! Mas voltando a estória: fiquei perdido por um tempo sem saber o que fazer. Não tinha um caminho, ou uma pista qualquer pra que esse pesadelo acabasse. As ligações com as mensagens seguiam normalmente. A cada cinco minutos uma ligação, uma mensagem. Esta loucura estava me deixando louco! Pois tudo aquilo estava atrapalhando minha vida, minha rotina. Onde trabalhava a todo momento olhava para trás, pros lados, loucamente, para ver se ninguém estava seguindo-me. Ao ir na aula, o desespero tomava minha feição. Ao caminhar 1 metro sem ao olhar de um policial, eu ficava à mercê do desespero. Eu estava dominado pelo medo, pela insegurança. Se bem que insegurança eu já tinha, e continuo tendo. Pois falta soldados. Falta uma remuneração digna para quem arisca sua vida pela vida do outro. Falta honestidade nas nossas policias. Falta a cumprição do dever daquele político que tá lá sentado, lendo cerimônias, em vez de praticar com ações e não roubarem do povo. É incrível que em época de eleição eles aparecem dizendo que criaram leis e leis, para o seu estado, para o seu país: "Eu criei 300 projetos para o meu estado, meu Brasil", mas cadê a realização? É burocracia?

Fiquei com medo. Fiquei anormal. Paz não tinha. Não conseguia nem pensar direito nas minhas coisas: o que tinha que fazer. Somente pensava nas ligações e nas mensagens carinhosas, cheias de amor, que recebia. Queria sumir do mundo! Bah, uma bicha apaixonada por mim? Não, não pode ser! Eu gosto de mulher! Não, bolas não! Tô fora! Mas as ligações e as mensagens possessivas seguiam. No quarto dia da semana, depois de várias ligações, precisamente quinta-feira, mais ou menos 19:45hs, recebo uma nova mensagem cheia de carinho: "Oi, amor, tudo bem? Tu não aparece mais na academia! Cadê você? Bjos! Ti amo!"
Li a mensagem e num ato de desespero, resolvi desligar o meu celular. Azar de quem me ligar. O desespero e o medo voltaram. Não queria mais receber ligações e mensagens desta "louca" e de ninguém. Fiquei quieto pensando por um longo tempo. Por que isso? Quem é que está fazendo isto comigo? Será que devo procurar um psiquiatra??????? E neste horário que tinha recebido a mensagem cheia de carinho, estava na aula e numa disciplina que tinha que ter o máximo de atenção. A disciplina era Gestão da Qualidade. Só teoria. E o professor estava passando para eu e meus colegas, como que deveria ser o trabalho para ser entregue em tal dia. Eu estava em grupo projetando este trabalho. Mais ou menos no grupo tinham quatro pessoas. Alguns dos meus colegas que estavam no grupo, perceberam minha mudança. Minha fisionomia mudou completamente. De uma pessoa sorridente, para uma pessoa com a cara fechada. Melhor dizendo, fiquei sério. Sério e muito nervoso. Não conseguia me concentrar na aula. Meus colegas perguntavam para mim o que estava acontecendo. Eu não conseguia respondê-los, pois estava nervoso. Mas eles insistiam: "O que foi? Por que tu ficou tão sério? Por quê?". Eu não conseguia responder, apesar de eles mostrarem sinceras preocupações comigo. Fiquei quieto e pensativo, isso até o intervalo, lá pelas 20:45hs. Onde todos saem para se distrairem um pouco da aula que não é nada fácil. Mas não conseguia me tranqüilizar com tudo aquilo que estava acontecendo. Era filme? Era uma brincadeira de alguma pessoa comigo? E esta pessoa era conhecida? O que era isso que estava vivendo? Era uma aventura de algum de psicopata? Quem era que estava fazendo aquilo? Brinca com a palavra "Amor", mas creio que nem sabe o que é amor. Diz "Ti amo" e nem sabe que tá traindo a si mesmo. Deixando o amor que existe em si, para escanteio. Que idiota!

(...)

Marcos Ster