Ligação

(Amigos, vai ser um texto que vai ter mais algumas partes. Porque esta estória é muito engraçada. Espero que ela fique tri. Bom finde!)


Durante uma semana fiquei louco, quase pirado. Fiquei louco por receber diversas ligações de um número estranho no meu celular. A cada ligação que eu recebia, atendia. Só que no momento que eu ia atender, desligavam, encerravam a ligação. Isso já no primeiro dia da semana. E isso foi aos poucos evoluindo. No segundo dia da semana, novamente as ligações estranhas. No mesmo horário, durante à noite e no meu período de aula. Na época eu estudava de segunda a quinta-feira, no horário das 19:00hs às 22:30hs. E sempre, durante todo o período de aula e do intervalo, as ligações possessivas para mim, o que me deixou preocupado. Deixou-me questionando uma pergunta bem simples nestes momentos tão esquisitos em que estava vivendo: Quem será que tá me ligando? Quem será? Fiquei sem resposta por um bom tempo. E eu nesta altura, mais apavorado do que nunca, e imaginando coisas loucas. O que poderia acontecer comigo? Perguntava-me. Mas as ligações seguindo num ritmo louco. No mesmo horário, durante à noite e no período de aula. A cada cinco minutos uma ligação e eu atendia. E desligavam o telefone. Eu já estava ao ponto de se esconder de todos que me conheciam, pois não sabia quem era que estava me ligando. E esta pessoa pelo visto, conhecia-me muito bem, para ter meu número de celular. Depois das ligações que já recebia loucamente desta pessoa, comecei a receber mensagens com declarações de amor. Declarações dignas de uma pessoa apaixonada e certa do que queria. Primeira mensagem que recebi: "Oi, amor, tudo bem? Estou morrendo de saudade de ti. Há tempos que não te vejo na academia. Cadê você? Anda se escondendo de mim, em? Desde quando vi teus olhos, foi amor a primeira vista. Um beijo, de quem te ama! Paulão." Ao receber esta mensagem, fiquei nervoso e sem saber o que fazer. Além de nervoso, eu já estava preocupado com o que se sucedia, por receber ligações de um número estranho. Por não saber quem realmente era a pessoa. Mas ela sabia que eu fazia academia, e que estava a um certo tempo sem ir. Mas também imaginei que essa pessoa mandou a mensagem para o telefone errado. Ué, mandou pra sua namorada , e errou o número- Pensei. Mas eu já estava transtornado e acreditando profundamente que aquilo estava acontecendo comigo. E que não havia nenhum engano. As ligações, as mensagens eram pra mim, e não pra outra pessoa. E no terceiro dia, resolvi ligar para o número que eu recebia as ligações e as mensagens. Liguei de noite. Mais ou menos 22:46hs. Liguei. Três chamadas. E na quarta atenderam: "ALÔ!". Era um homem. Perguntei seu nome. Nem me identifiquei pra ele. Ele respondeu: "Aqui quem tá falando é o Paulão!" Eu, rapidamente falei que tinha ligado para o número errado, e terminei a chamada. Fiquei calado depois que falei com esse homem. Fiquei perplexo com aquilo. Que aquilo realmente estava acontecendo comigo e que não tinha erro nenhum. As ligações e as mensagens tinha um número certo, e uma pessoa certa: eu. Resolvi comunicar os meus pais sobre o que estava acontecendo. Disse pra eles que estava recebendo ligações e mensagens à 3 dias atrás. E quem estava mandando era um homem, e seu nome era Paulão. A primeira manifestação sobre o que falei, foram risos sem parar. Resolvi alimentar estes risos com os meus. Quando terminamos de rir, minha mãe falou que a bicha me achou "lindão", e que queria me "namorar". Meu pai somente riu e não falou nada. Liguei daí para o meu personal traineer, Costa. Falei pra ele que um homem estava mandando mensagens à dias pra mim, e que conhecia-me. Falei pro Costa que ele sabia que eu fazia academia. Disse também que ele estava apaixonado por mim. Pois mandava mensagens cheias de declarações de amor pra dá. E ele, como minha mãe, riu e riu sem parar. E ao mesmo tempo que ria falava que era um amigo meu que estava mexendo comigo. Falou até o nome dele: "É o Edmilson, que tá te mandando essas mensagens. Ele tá mexendo contigo". E eu falei que não era ele, pois ele estudava comigo de noite. Não tinha como ser ele! E ele continuou insistindo: "É ele sim. O Edmilson é brincalhão." E eu com a idéia de que não era ele. Mencionei ainda que quem tinha meu número de celular era ele e o Edmilson, e mais ninguém. Não vou dar meu número assim como em currículo vitae, onde pendem todos os dados pessoais. Terminei de falar com ele. Pensei: O que faço agora? O que faço? Quem tá me ligando e mandando mensagens de amor é um homem, chamado Paulão! Ele sabe que eu faço academia e que estou a um tempo sem ir!


(...)


Marcos Ster