O Tempo Voa

O tempo voa.

Pensava numa situação ontem.
Hoje é adversa a que fisguei.
Ontem sonhava em estar formado
e seguindo meus próprios passos que um dia tracei.

Ontem quis o já,
sem ter noção nenhuma
de que nada na vida vem como
bolita rodando em direção do boco.

Enganado era o próprio diabo.
Enganado era o próprio anjo,
que fingiam ser o que não eram.

Pobre dupla.

Pobre das injustiças que não investem na verdade.
Agem como se estivessem agindo de uma forma eterna.

Que humanos somos?
Que pensamos?
Que queremos?
Por que agimos por instintos selvagens
criados por prosperidades doentias da Jóia falsa?

O ontem de ontem não me pertençe mais.
O ser de minutos atrás não é mais o mesmo.
Tenho várias caras, desejos, intenções.

Como gosto das mutações.

Fácil tempo.
Fácil desejo.
Fácil é a ilegalidade que é a
própria burrice dos homens.

Nada na vida é fácil.
Nada na vida é fácil como a promessa.
Onde reis e rainhas do século 21
prometem esnobação de fertilidades para a população
de língua extraída dos portugueses de Portugal.
Que vivem na humanidade da violência.

Sim, eles que exploraram e exploraram a demência
do ignorante que agora está na maca do hospital
esperando por salvação.

Esse que gritava na frente da Tv:
"Salve a Seleção!", numa tal Copa.
Agora pede que o Salvem da morte torta.

O ontem, amigos, foi ontem.
Pretérito-perfeito da ilusão.

O tempo voa.
O tempo voa.


Marcos Ster