domingo, 16 de novembro de 2008

O MEU SIM, O MEU NÃO

Arte de René Magritte






















O meu lado esquerdo. O meu lado direito. São aguçados por temperamentos diferentes. Doces e amargos. Verdades e mentiras. Irrealidades e realidades. Brancos e pretos. Ler e escrever. Ouvir e ver.

Meus lados são diferentes.

Com a idéia sigo até ela ser concretizada. Com a realização degusto dela o que há de melhor.

Vivendo sem fingir o que se vive, o que se cheira ou o que se sente.

Eu, humano, sensibilista que sou, não nego a minha careta em certas situações que me desagradam ou agradam. Desde criança já passávamos aos nossos pais o que sentimos e agora, adultos, não deixaremos de passar aos outros o que sentimos. Seja ele bom ou ruim.

Imagine-se fingindo que o arroz está sem sal ou com muito sal. Você ali manstigando ele sem sentir o sabor, seu estômago rejeitando aquela coisa sem gosto, ou tu tomando um suco ou guaraná para que aquilo desça ao seu estômago, sem alguém perceber que está ruim, péssimo.

Diga que está ruim. Que não gostou. Não finja. Não passe fome. Não deixe que isso te aflinja. Não minta para alguém que está bom, o que não é verdade. A mentira como todos já sabem, tem perna curta. Você sofrerá sozinho por isso. Você transmitirá ao outrem que a paz existe. A paz não existe.

O alimento da vida é a verdade. Seja ela boa ou ruim.


Marcos Seiter

3 comentários:

Kari disse...

Certa vez eu li que é melhor sofrer com uma verdade do que se alegrar com uma mentira.
Mentir não faz bem a ninguém. Nem a quem ouve e, muito menos a quem fala.
Particularmente, eu não sei mentir. Já até tentei, sabe? Mas não consigo mesmo...

Belas palavras, meu bem! Ótimas para reflexão....
Beijão

[Farelos e Sílabas] disse...

...

Viver,
Parir idéias,
transformar,
pisar no solo da verdade,
o tempo todo, um existir
perfeitamente em paz,
a que me basta,
a que me dou!



Bom domingo, rapaz!

...

Daniel F. Gontijo disse...

tanto melhor quando não omitimos... tanto melhor quando aceitamos encarar a verdade que se faz dentro da gente. e dizê-la, quando convir. e quase sempre convém!