domingo, 20 de fevereiro de 2011

Nono arquivo blogs abril - Eu não sabia!

Bem, o Carnaval passou, todo mundo se acabou. Aconteceu todas zoeiras possíveis. E onde estou? Esqueci-me de mim nestes dias. Não queria saber de nada sério. Fui vivendo cada minuto dessa loucura, desse "joga tudo para o ar" e estou num canto nada confortável. Queria poder estar agora jogando futebol, e depois ir comer a minha namorada. Ai, que nome feio esse: "Comer".
Poderia estar, com todo respeito, namorando. Mas não posso nem mexer com o pescoço, muito menos com as minhas pernas. O Carnaval foi fantástico como o programa global. Mas eu não sei aonde fui parar. Será que realmente foi brilhante o Carnaval? Alguém pode me contar o que foi que aconteceu comigo? Quem estava comigo e como vim parar aqui? Aonde eu curti o Carnaval? Aonde?
O pobre rapaz humildemente fazia essas perguntas aos que estavam presentes e ninguém respondia nada. Pareciam mudos. Hipnotizados. Eles agiam duma forma incomum. Sobrenatural. É estranho esse mundo. Lembrava os personagens da obra do Saramago: Ensaio sobre a cegueira. Será que eles estavam sendo controlados pelo poder da poeira branca? Rebolei. Dancei. Tentei imitar o Carlinhos de Jesus. Não sei se consegui.
Pisei diversas vezes na pista de desfiles. Acho que cheguei a mil passos e isso era uma marca importante na minha vida. Será que realmente consegui? Chorei. Ri. Morri de cansado, mas eu acho que consegui viver isso na minha vida. Eu estou muito confuso, gente. Malhei diversas e diversas vezes na academia para ficar bombadão. Ninguém sabe que eu consegui com o meu amigo um comprimidinho e tomei. O bagulho faz efeito. Olha meu bíceps. Porra, tô forte!

Devo ter vivido no paraíso desse jeito. As mulheres de hoje querem saber de músculos, músculos e músculos. Ahãn! Jamais serei um intelectual. Não está na moda! Eu pareço estar relatando um drama. Eu queria saber aonde estou. Por favor, digam-me quem são vocês e onde estou? Lá do não sei aonde, responde: - Filho, tu estás num lugar onde tu viverás para sempre. Esse lugar é a Santa Casa do Céu. Aqui somos todos cordeiros desta instituição.
Tu serás mais um. - Mas como eu vim parar aqui? - Filho, sofreste uma morte! - Aonde? - No Carnaval! - Como? De trânsito? - Nãooooooooooooooooooooooooooooooooooo pode ser! - Mas é! - Vocês são avisados diariamente sobre este perigo e outros, mas abusam da vida. Pensam que são como gatos, que tem sete vidas. E tu, filho, já estava reservada sua vaga por aqui. Viu que aqui não há lotação como no Sus?
- Vi! - Agora é a tua vez de seguir por aqui. Já que na Terra não soube seguir naturalmente.

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