quarta-feira, 9 de março de 2011

Décimo Quarto Arquivo Blogs Abril - Toalha de Banho 2

Está fazendo uma semana quando nos encontramos tão distantes. Mas que por nossas almas não aguentarem ficar distantes, acabamos nos entregando para o que queríamos viver. Foi no aeroporto Salgado Filho, Porto Alegre. Outono de 2010. Exatamente na mesma estação de dois anos atrás quando fora escrever o texto com o mesmo título. Você estava e está diferente de quando a conheci. Um pouco mais magra. Mas aquele olhar e jeito que caminha é único. E pelo caminhar, só que o meu, que tu me identificou quando estava procurando-a no aeroporto.

Foi o encontro mais estranho que tive desde quando nos vimos pela primeira vez. Em 28 de Março de 2008, no aeroporto Internacional do Recife, Pernambuco. Trocamos beijos somente de rosto. Perguntei como tu estavas e me respondeste que bem. Fomos à parada de ônibus para irmos embora. Demorou um pouco. Conversamos que senti falta do teu beijo na minha boca e que seria melhor darmos depois de uma conversa. Seguramos até chegarmos em casa.

Não sei se tu reparasses, mas o dia estava conforme quando a gente se encontra. Céu azul com algumas nuvens. E quando chega as quatro e pouca da tarde, aquele ar de frio, que somente Porto Alegre tem, estaciona sobre os telhados. Naquele dia achei-a estranha somente de calça e uma blusinha folgada. Enquanto eu de calça e camisa. Logo fora colocar o canguru. Conversamos muito. Discutimos que tu chegastes até a chorar. Fiquei mal em vê-la assim. Se trancasse no banheiro aos prantos. Eu, na sala, fiquei agoniado e não querendo vê-la daquele jeito. Falei para ti não chorar. Eu ali quieto e triste. Mas não chorei.

Bati várias vezes na porta para conversar contigo. Felizmente, pela minha insistência, tu abriste a porta e me recebeste. Eu a abracei. Disse que fui somente franco e que aquilo era prova do meu respeito e carinho por ti. Que não estava ali brincando, que tudo que tinha acontecido não era algo da nossa imaginação. Ainda mais eu que odeio fingimento. Como a gente se acostuma fácil com coisas que modificam nossas vidas. Eu já não consigo seguir adiante com algo que aconteceu e que mexeu comigo. Novela é uma coisa. Vida real é outra coisa.

E na vida real as coisas ficam marcadas para sempre. Mesmo que a gente resolva seguir adiante. E ali, fiquei te olhando. Ao mesmo tempo não aguentava e ficava refletindo com os olhos para o tapete do banheiro. Olhei-a novamente e tu chorando. Aquilo me deixava irritado. Mas ao mesmo tempo querendo lhe dar carinho. Aproximei-me de ti e abracei-a. Coloquei meu rosto sobre seu pescoço. Virei minha boca para encontro da sua. Vou direto ao assunto: tentei beijá-la. Desviasse a boca. Tentei na segunda vez e a mesma coisa. Depois, mudei a tática. Tirei-a de cima do assento do vaso e consegui com isso um beijo.

Um beijo que demorou alguns minutos. Foi quente. Diferente de todos que até eu tenha te dado. O dia estava se tornando especial, assim, como fora todo o fim de semana. Beijei-a loucamente e depois do banheiro fomos para o quarto. Tu perguntaste: "- Tua mãe chega que horas?" Respondi: "- Ela chega tarde!" Não queria saber de nada e de ninguém que não nós dois.

Saímos correndo para o quarto e em menos de dez segundos estávamos nus. Que coisa picante. Imaginável. Somente a gente sabe contar. Beijei teu pescoço, tuas orelhas, teus ombros. Tu somente se entregava com uma doçura e tesão. As curvas da tua cintura são tentadoras e agarrei com uma força elas, que tu falou: "- Cuidado! Sou sensível!" Sim, sensível, mas gostosa. E notasse que tudo que é gostoso a gente come com uma voracidade? Foi assim. Comi-a com uma voracidade. Mas com uma voracidade que tinha sabor, paixão, tentação, tudo um clima erótico.

Digno de filme. Leitor, entenda de qualquer filme.

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