Sexta.
Toda sexta é dia da saideira com os amigos para um bar.
Fui.
Eu e mais dois amigos.
Bebemos, rimos e dançamos. A noite sempre é misteriosa.
Falamos sobre mulheres. Olhamos e paqueramos várias.
Dançamos todos os sons. Exceto rock e reggae que o local não tocava.
Ficamos até uma 00h:30 na General Pub.
Ontem Porto Alegre não fazia frio a noite. Estava com um clima ótimo.
Saímos de lá e cada um para o seu lado.
Cheguei na parada de ônibus e lembrei que o último da linha que utilizo fora sair 00h:30.
Liguei para minha casa para confirmar se eu estava correto. Estava.
Fui a um ponto de táxi e perguntei quanto que daria a corrida até o Partenon.
- Eu vou pelo taxímetro.
-Ok!- respondi.
Tomei uma decisão: vou ir a pé embora.
E fui.
Caminhei uns oito quilômetros para chegar em casa.
Deixei a noite me levar. Deixei que o prazer daquela aventura me tomasse por completo.
Não pensei em mais nada. Quer dizer, pensei nas coisas que acontecem comigo. Falei com o vazio todo o caminho até em casa. Estava neste instante sobre o efeito total do álcool. Mas nada fugia do que sentia e deixava de sentir.
Na banda tinha tomado muita cerveja.
Pensei em alguns poemas como acontece sempre. E no caminho me deparei com várias pessoas.
Teve um homem que me acompanhou por um tempo na caminhada.
Dizia que estava em regime semi-aberto e não era pedreiro. Pedreiro para quem não sabe é o usuário de crack. Me pediu alguns trocados. Disse que não tinha.
Segui o meu caminho.
Ele ficou para trás.
Foi assim a sexta de ontem. Estranha, misteriosa como a vida.
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