sexta-feira, 2 de março de 2007

Coabitar

Vivo num mundo de descobrimento e sofrimento.
Vivo numa vivencia sem tê-la do meu lado.
Vivo na escuridão e não consigo acordar.

O que devo descobrir desta vida?
Se pra mim ela já não é igual.

Às vezes e quase sempre penso e súplico, me leva daqui.
Me leva daqui, deste lugar imundo e horrível de se viver.
Me leva daqui , que hoje em diante mudarei e serei irreal.

Pois é; não consigo ser irreal e sou muito real: felicidade.
Felicidade por quê?

Por ver e sentir um mundo frio.
Por ver e harmonizar um clima que não dá pra suportar.
Por ver que isto tudo, é mais um resultado esperado pelo ser humano.
Por ver que a cada instante se planeja algo de ruim ou bom.
Por ver que vivi um grande (amor?) e esse amor se perdeu.
Por ver você andando, apareci.
Por verrrrrrrrrrrrrrr!

Me perco neste mundo imundo.

Descubro regras.
Descubro estratégias.
Descubro a ignorância que existe dentro de cada um de nós.
Descubro que não existe o afeto.
Descubro que é uma mera brincadeira e por trás dela, cheia de verdades.
Descubro que a compaixão não é executada e a paixão é explorada.

Mas o que é paixão?
Atração física.
Atração financeira.
Atração é exploração.
Atração.

Pego e sento.
Descanso.
Descanso numa viagem que não tem fim.
Não aguento e cochilo.
Acordo.
Acordo e me pergunto.
Nesta vida cheia de violência e falsidade.
Como eu estarei?

Olho para o asfalto e ele está úmido.
Olho para as pessoas que ali se encontravam.
Olho e sinto que vivi este momento.

Certeza e incertezas vão aparecer.
E eu não saberei perfeitamente quem elas são.

Caras e coroas lastimáveis vão aparecer e
pedir mais uma vez, por uma chance, e desta vez
se vai, e ficará na próxima vez com este pensar
existente e frágil.

Frágil das mentiras e cinismo postos a mercê.
Frágil e ágil nos momentos insanos que ali se envolveu.
Frágil da ilusão e medo de iludir a própria ilusão.

Não quero mais.
Tenho medo de te iludir.
Contar histórias impróprias pra ti.
E querer algo a mais pra ti.
Isso é iludir.
Viver o que vivemos.
Passou.
Só o que passamos
em mim posou.

Marcos Ster.

Um comentário:

Kari disse...

Ás vezes também sinto uma vontade enorme de ir embora daqui.
Daqui desse mundo.
Não aguento mais ver o que vejo e, ás vezes, nem sentir o que sinto.

Beijão,
Kari