sábado, 19 de abril de 2008
Desencanto
Desencanto
Eu faço versos como quem chora
De desalento...de desencanto...
Fecha o meu livro, ser por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa...remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios da vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
-Eu faço versos como quem morre.
Manuel Bandeira
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Dia 19 de Abril. Era o aniversário de Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho ou Manuel Bandeira, como foi nacionalmente conhecido e eternizado pela minoria de leitores de poesias. Completaria, no caso se estive vivo, 122 anos.
Mas com certeza, continua pulsando em forma de poesia em nossos corações.
E isso continuará em gerações, em gerações e gerações.
Viva a poesia!!!
Marcos Ster
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5 comentários:
Que poesia em...
Quando a li, logo pensei que, quando a gente escolhe uma poesia de outro autor para colocar no nosso blog, ou caderno, é porque, no mínimo, nos identificamos com ela. E, quando li, percebi o quanto tu se identifica com esse "desencanto", não é mesmo!
Linda poesia! Ótimo poeta!
Viva a poesia! Os poetas!
Os versos!!!!
Um beijão em tu,
de quem muito TEADORA!
magnificamente bandeiroso, Manuel estendeu e abanou com orgulho o tecido da poesia,
a seda leve das frases com ardor...
saudades de vc também querido.
sopros de luz!
=***
Irmão, não esqueci de ti, tampouco de Manuel.
Estava ausente por motivos outros, mas agora estou de volta.
Concordo com as colegas, essa poesia transmite inúmeros sentidos, porém em um único significado.
Um abraço!
Volte logo, Marcos
Guri, tava com essa poesia aqui, salva no word pra postar.
Adoro Bandeira. Meu vizinho em Pasárgada.
Tb estive ausente, mas voltei. De novo!
Bjos e ótima semana.
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