domingo, 11 de maio de 2008

Os ponteiros dos relógios




Sobre a legalização da maconha



Ao ter levado este assunto ao meu serviço, invocando a opinião de cada um sobre o mesmo, percebi o quanto as pessoas estão perdidas no tempo e não vejam que benefícios benéficos podem trazer a quebra da mentira teórica que é a ilegalização da maconha.

Ao ouvir e perguntar o por que é a favor ou contra a legalização da maconha, os que respondiam contra, diziam que a situação iria piorar, que muitas pessoas vão procurar e utilizar a erva, já que seria legalizada. Umas preocupadas com seus filhos, dizendo que vai ser fácil conseguir, que se chegar a um lugar e encontrar um ser fumando um bequi vai se sentir mal... etc... Os que responderam a favor alegaram que o álcool como outras drogas é tão prejudicial, como qualquer outra, sendo utilizadas em excesso. Alegaram também o porque não proibam o consumo do cigarro que mata muitos seres humanos por ano de câncer que é causado pelo mesmo.

O relógio é o mesmo! Só muda a data, mês e o ano.

As pessoas ficam presas as notícias que a maconha leva o ser usuário a experimentar outro tipo de droga. Sem imaginar o quanto ele é responsável por sua vida e suas atitudes perante a si e a outros seres. Se ele vive num país onde a liberdade é um ponto da democracia, ele tem o direito de escolher o que ele quer pra si. Mas não deve utilizar isso para atingir alguém negativamente. Se o ser vive num país como o Brasil, DEMOCRÁTICO, tem o direito de escolha.

Mas sabemos que essa democracia brasileira é pura mentira, pois diversos estados foram proibidos pela justiça, de executarem a liberdade de expressão, de fazerem a marcha pela maconha, alegando a apologia as drogas. Que mentes atuam na justiça brasileira? Que democracia é essa?

Pois bem, muitos seres disseram ser contras, mas não deram uma argumentação forte sobre o porque daquela opinião contra a legalização. Eu como chato, sou de perguntar e perguntar o por quê "contra", disseram que iria virar uma festa se liberassem, sem pensarem na utilização para o bem desse mal que assombra os desinformados. Poderia virar um produto de venda legalizado que arrecadasse tributos para a saúde, segurança e educação. Poderia vir a se tornar uma cura para o câncer, além das células-tronco, que a igreja católica é contra as pesquisas com embriões.

Enquanto isso muitas crianças, adultos e idosos morrem de alguma enfermidade que poderia ser curada com a atitude em prol da vida de alguém. Os senhores de agora pensam no seu próprio bem. Não pensam universalmente. Conseguem avistar só seus pés. Enquanto tantos outros pisam com dificuldade neste mundo. As coisas boas e ruins da vida são comum. Nada seria tão cheio de graça ou vazio de graça, se não existisse o bem e o mal. Sem esse equilíbrio nem sequer a terra movimentaria nessa rotação que conhecemos, dando horas de banho de claridade para um lado e do outro, a escuridão.

Mas a atitude altruísta faz com que o ser se prenda no tempo, no mundo em que ele vive rotineiramente. Não dando papo ao que o rodeia.

Sou a favor da legalização da maconha, pois acredito que com a arrecadação da venda legal, como o comércio do tabagismo, arrecadaríamos impostos para serem investidos na saúde, educação e segurança. O cigarro é uma porcaria que contém uma grandiosidade de produtos químicos, é não é proibido. O álcool também tem seus efeitos devastadores que pode causar cirrose. Não dando qualquer possibilidade de cura ao ser.

Então, o fundamento da legalização da maconha é quebrar a mentira teórica que é a ilegalização. Sendo que qualquer um consegue em qualquer lugar, em qualquer hora e com quem quiser. A violência que o tráfico de drogas traz, poderia sim diminuir, mas sem saber até quando, pois se tornaria também, como o mercado legal, que são as lojas que vendem seus produtos com notas fiscais e o camelôs que vendem sem um registro legal, uma briga.


E por que não legalizão se nesse mercado só quem está ganhando é a indiferença?

Pra encerrar essa minha escrita: os brasileiros esquecem do mais importante do que qualquer legalização ou ilegalização: "respeito".




Marcos Ster

4 comentários:

Kari disse...

Caramba! Que belíssima escrita!
Fortes argumentos, excelente ponto de vista!

Como eu já te disse, as pessoas são impulsivas ao responderem sobre isso ou sobre qualquer coisa que acontece no país. Elas não pensam a respeito, não falam sobre, e, quando alguém pergunta, tomam um susto.
Se o tráfico nunca as atingiu diretamente, elas não ligam. Se a maconha nunca poderia ter lhes ajudado, também ignoram.
As pessoas esquecem que não vivem sozinhas e que, inúmeras pessoas as rodeiam, das mais diferentes formas, cores, tipos....
E quanto ao respeito, o que é isso? Respeito é "artigo" em falta do mercado. Raramente se acha em algum canto. As pessoas não respeitam por serem negros, ou por fumarem um cigarro, um um "bequi", por terem alguma deficiência ou por não se vestirem na moda... Qualquer coisa é uma desculpa para o desrespeito... E, eu realmente acho que, existindo mais respeito, o mundo seria bem melhor... Mas as pessoas são egoístas demais pra pensar nisso.


UM beijão em tu!

Pripa Pontes disse...

Essa discurção legalização/ não legalização realmente dá panos pras mangas. E sempre aparecem libertinos ou falsos moraistas que querem acirrar um discursão pelo simples prazer da confusão ou da elaborada retórica.

Você disse que vivemos num país democrático, logo, a liberdade devería ser garantida quanto ao uso ou não da droga. Concordo já que se há legalização de cigarro e álcool...
Mas até que ponto podemos falar de democracia. Se a própria democracia é um conceito e um discurso construído e levantado pelo homem, não deve ser encarado como algo vigente e que funcione...
E outra. A arrecadação de tributos seria ótima para o Estado que poderia "teoricamente" repassar tais recursos arrecadados para investimentos em saúde,segurança, educação...
Mas de certa forma isso bastaria para conter a ilegalidade do t´ráfico? Como vc msmo escreveu essa disputa continuará entre maconha legalizada e ilegalizada e c certeza a maioria dos consumidores para fugir dos elevados preços correriam para a maconha ilegal...sem falar que os figurões do tráfico são mais influentes do que imaginamos...
Seria algo positivo, eu acho, mas que não sei se conseguiria ser instaurado.

Um ótimo tema a ser discutido.


Bjos!

Pripa Pontes disse...

A defesa da liberdade sempre é trazida como vital, já que semos acreditamos que garantí-la é agir da maneira correta...mas como já disse tudo é uma questão de construção de conceitos.
Mas é justamente a argumentação útil que é interessante. Certamente esses seus colegas de trabalham não buscam entender mais sobre o assunto para formar uma opinião mantendo sempre o respeito pelas opiniões alheias, como vc mesmo bem colocou no seu post (inclusive a falta de respeito é um dos terrores da humanidade).
São os que preferem responder no calor e na euforia da ignorância (no sentido de desconhecimento). Sendo contrário ou a favor, ou no meio, o importante é saber se expressar e não o "sou contra pq sou contra" ou o "sou a favor, porque sou a favor".
E achei realmente espetacular sua abordagem sobre o assunto! São diálogos como esses que fortalecem o desenvolvimento humano.


Bjos.


P.S:Quanto ao conto que estou postando, quando você puder, e se lhe interessar tbm,leia...independente disso seus comentários serão sempre bem vindos no Um Blog Amador.

Auíri Au disse...

Sou a favor da discriminalização, não dá legalização, para isso é preciso todo um antes, como políticas públicas para informar a população dos verdadeiro bens e males da cannabis, a população é ignorante, porque não possui conhecimento, o álcool e o tabaco, são drogas assim como a maconha e não são proibidas por quê??
Porque a mudança no Brasil só ocorre quando atinge "os chefões", ou você acha que hoje em dia, podemos mudar a "democracia" no Brasil???
Cada um usa as armas que tem, ainda bem que a nossa são as palavras...

luz